Fábio Luis

Agora você poderá conhecer um pouco mais de toda minha carreira, além de poder conferir fotos e matérias especiais sobre a minha trajetória no futebol brasileiro e também no exterior.

domingo, 20 de maio de 2012

Académica é campeã da Taça de Portugal

A festa é dos "estudantes" no Jamor. A Académica derrotou este domingo o Sporting, por 1-0, no Estádio Nacional, na final da Taça de Portugal e conquistou o segundo troféu do historial, 73 anos depois de ter vencido a primeira edição da histórica competição, em 1939.

A Académica fez aquilo que parecia ser o mais difícil: eliminou o FC Porto, chegou à final 43 anos depois e derrotou o favorito Sporting, que não conseguiu "salvar" a época e terminou a temporada sem qualquer troféu. Os "estudantes", no entanto, conseguiram contrariar o favoritismo do Sporting e acabaram por conseguir uma vitória que começou a ser construída aos quatro minutos: Diogo Valente tirou o cruzamento, a bola sobrou para Marinho - solto de marcação - ao segundo poste e o "pequenino" atacante da Briosa cabeceou para o fundo das redes. O Sporting, na primeira parte, foi praticamente uma nulidade na hora de criar perigo para a baliza de Ricardo. 

O primeiro remate enquadrado com a baliza dos "estudantes" só surgiu, inclusive, no período de compensação do primeiro tempo. A segunda parte, no entanto, foi diferente em todos os aspetos, onde as duas equipas tiveram inúmeras ocasiões para faturar. Primeiro foi Edinho, que em dois minutos teve duas oportunidades flagrantes para marcar, mas falhou de forma inacreditável; depois foi van Wolfswinkel, que desperdiçou um par de boas ocasiões para faturar, entre muitas outras desperdiçadas. 

Os leões adotaram, com naturalidade, o domínio do jogo na última metade da segunda parte, mas a Académica fechou todos os caminhos para a sua baliza e Ricardo, quando o Sporting ameaçava criar perigo, resolveu todos os problemas. Apáticos e mais efusivos nos protestos à arbitragem do que a praticar futebol, os leões acabaram por perder a final, quatro anos depois da última presença no Jamor. Adrien, o médio emprestado pelos leões à Académica, foi o melhor em campo e mostrou que não lhe falta nada para não só ingressar no plantel do Sporting, como para jogar na equipa de Sá Pinto. 

O homem da final foi, no entanto, Marinho: pela primeira vez desde 1999 (ano em que o Beira-Mar derrotou o Campomaiorense com um golo de Ricardo Sousa), foi um futebolista português a fazer o golo da vitória no Jamor. 

E por falar em figuras, Pedro Emanuel consegue conquistar a Taça de Portugal no seu primeiro ano como treinador principal e completou o "tri", uma vez que já venceu a Taça em seis ocasiões e em três cargos diferentes: quatro pelo FC Porto (três como jogador e uma como adjunto), uma pelo Boavista (como jogador) e agora pela Académica, que esteve em risco de descer à segunda Liga até à última jornada, mas acaba a época 2011/12 em festa, que se prolongará pela noite dentro em Coimbra.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Briosa recebida em Coimbra por centenas de adeptos

A equipa da Académica foi esta madrugada recebida na cidade de Coimbra por centenas de adeptos eufóricos, que festejaram a passagem da “Briosa” à final da Taça de Portugal, o que não acontecia há 43 anos.

A “Briosa” qualificou-se na terça-feira à noite para a final da prova pela quinta vez, ao empatar 2-2 com a Oliveirense, em jogo da segunda mão das meias-finais, disputado no estádio Marcolino de Castro, em Santa Maria da Feira.

Cerca de meio milhar de adeptos, sobretudo estudantes, concentraram-se na Praça da República, onde aguardaram pelo autocarro que transportava a equipa, que chegou cerca das 01:20.

Os apoiantes da Académica rodearam o autocarro, entoando cânticos, enquanto os jogadores acenavam às janelas, e forçaram mesmo a entrada no veículo, que demorou mais de trinta minutos a conseguir “libertar-se” para seguir a marcha até à Academia do clube.

“É um momento histórico para a Académica, para a cidade e para a própria academia. Quarenta e três anos depois da final de 1969, que também foi um marco político importantíssimo, esta final pode ser o reencontro da Académica com a cidade, a universidade e a academia”, disse à agência Lusa o presidente da Assembleia-geral do clube, Fernando Oliveira.

Ao afastar a Oliveirense, da Liga de Honra, a formação de Coimbra vai voltar a 20 de maio (ou 23) ao Jamor, onde não marcava presença desde a célebre final de 1968-69, perdida para o Benfica e Eusébio, que resolveu no prolongamento (2-1).

Então, em plena crise estudantil, a final transformou-se “num dos maiores comícios de sempre contra o regime”, nas palavras do malogrado jornalista de “A Bola” Carlos Pinhão, citado pelo livro “Académica, História do Futebol”.

No Jamor, a 22 de junho de 1969, na mais politizada final da Taça de Portugal de sempre, foram bem visíveis tarjas em que se pedia “Melhor ensino, menos polícias”, “Ensino para todos” ou “Universidade Livre”.